O Estádio Alberto Oliveira, o Jóia da Princesa, não deve mais receber serviços paliativos em seu gramado. Ele deve ser retirado por completo e um novo precisa ser feito. Foi este o parecer do engenheiro agrônomo Paulo Azevedo, da empresa Greenleaf Gramados, do Rio de Janeiro-RJ, que ontem esteve visitando a praça esportiva ao lado do prefeito Tarcízio Pimenta verificado a situação da grama. O prefeito agora aguarda a emissão dos laudos técnicos para então se pronunciar definitivamente a cerca do assunto.
A situação do gramado do Jóia da Princesa, que desde sua reinauguração não foi trocado, chegou a um ponto de que não se permite mais soluções paliativas, como a substituição de gramas nos principais pontos de desgaste ou a descompactação de drenos, como vinha sendo feito nos últimos anos. A situação do gramado piorou nos últimos dois anos, principalmente por conta do excesso de jogos: Campeonato Baiano, com Fluminense, Bahia de Feira e Feirense participando, nas categorias profissionais de juniores; Campeonato Baiano Feminino, com o Flamengo; Campeonato Baiano nas categorias Infantil e Juvenil, além do Campeonato Intermunicipal.
Com a reinauguração da Vila Olímpica dos Amadores Edval Souza, a tendência era que a carga de jogos aliviasse no Jóia da Princesa, mas isso não aconteceu. Foi feito mais um serviço paliativo no gramado, antes da Copa Nordeste, mas as chuvas torrenciais que caíram em Feira de Santana, além de uma quantidade excessiva de jogos na Copa 2 de Julho, complicaram ainda mais o estado do gramado
Na última quarta-feira, as autoridades municipais estiveram no estádio ao lado do engenheiro Antônio Carlos Pinto, da empresa Horto Brasil, e o entendimento inicial era de que o estádio deveria ser fechado para a retirada da grama por completo. No entanto, o prefeito Tarcizio Pimenta preferiu ter outro parecer para então adotar as medidas necessárias. Ontem esteve em Feira de Santana o engenheiro agrônomo Paulo Azevedo, da Greenleaf Gramados, do Rio de Janeiro-RJ, responsável por obras em dez estádios do Brasil, dentre eles Maracanã, Mineirão, Pituaçu e Castelão
Depois da visita, Azevedo detectou que a drenagem é o principal problema constatado no gramado. “Está ruim não apenas porque faz parte de um projeto antigo, mas porque o solo é muito argiloso. Quando chove vira lama e quando seca vira um tijolo. Também há vários tipos de grama misturado”, constatou.
A princípio, a solução apresentada pelo engenheiro é a retirada do gramado e pelo menos 20 centímetros do solo, para fazer uma nova drenagem, colocar areia e plantar outra grama. A espécie ideal, de acordo com ele, é a grama bermuda tifton, por ser “fina e bastante resistente ao pisoteio”. O prazo para intervenção é de 90 dias.
O prefeito Tarcízio Pimenta reconhece que a intervenção imediata se faz necessária no gramado do Jóia da Princesa, mas vai aguardar a emissão de laudos técnicos para buscar a solução. “De posse desse parecer vamos conversar com os dirigentes dos clubes da Federação Bahiana de Futebol (FBF) para buscar entendimentos porque sabemos que existem competições em andamento. Outra situação que precisamos verificar é se teremos recursos para viabilizar esta obra. Tudo isso precisa ser visto e somente de pois é que nós vamos poder nos posicionar a respeito”.
Por Cristiano Alves com informações da Secom/PMFS
Edição Jornal Folha do Estado 30/07/2010
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