O vereador Carlos Alberto – Frei Cal (PMDB) sugeriu que a oposição convoque o Ministério Público Federal (MPF) para apurar as denuncias apresentadas na sessão da última segunda-feira (28), pelo vereador David Neto (PMN), sobre a Secretaria Municipal de Saúde. “Se trata de um dinheiro federal que deve ser usado para o bem-estar da população, que deve ser aplicado na melhoria da Saúde. Não podemos aceitar essa situação. O Ministério Público deve ser acionado”, observou. Em relação a possibilidade de convocação do MPF, David Neto disse que não há necessidade de uma intervenção, afirmando que não existe desvio de verba pública na Secretaria Municipal de Saúde. “Eu passei a perceber que o secretário Getúlio Barbosa está tentando desmanchar um arsenal que alguns políticos colocaram na Secretaria Municipal de Saúde. Aqui se media o político forte, de acordo com a quantidade de funcionários indicados que este possuía na Secretaria. Não há nada que dê mais votos do que marcação de consultas”, afirmou o vereador petista Marialvo Barreto. Na sequência, Marialvo mencionou uma denúncia que fez na Câmara, em 2009, a respeito de marcação de consultas médicas - em dois computadores de um vereador da base governista - sem passar pela central de regulação da Secretaria Municipal de Saúde. “Aqueles que me chamaram de mentiroso, engulam agora essa palavra. Quando denunciei guias amarelas e os computadores com as listas de consultas, foi uma correria para apagar os arquivos. Houve até ameaça ao presidente caso mandasse buscar os computadores de fulano”, disse Marialvo, acrescentando que, na ocasião de sua denúncia, um cidadão lhe entregou cerca de 30 guias amarelas, inclusive, algumas em branco, mas assinadas por um médico. Segundo ele, apesar das evidências, algumas pessoas desconfiaram das provas. O petista sugeriu a intervenção da Polícia Federal para apurar os fatos. O corregedor da Casa da Cidadania, Roque Pereira (PT do B), comentou sobre a suposta venda de exames. De acordo com o legislador, nem todos os casos de denúncia devem ser encaminhados para a Corregedoria. Porém garantiu que os vereadores denunciantes serão ouvidos. O edil ressaltou que não admitirá nenhum tipo de pressão em relação a esse caso, porque todos sabem que existe um Código de Ética em funcionamento na Câmara. Na oportunidade, o vereador David Neto sugeriu mais união entre os vereadores, sobretudo para que a marcação de exames seja realizada nas unidades de saúde. Ele disse que não há necessidade de levar o caso dele para a Corregedoria, argumentando que o seu objetivo é defender os interesses dos menos favorecidos, principalmente aqueles que têm mais de dois anos sem conseguir marcar exames. “O que estamos procurando fazer é levar benefícios a todos os PSFs de Feira de Santana. Não é conceder privilégios para alguns, enquanto outros não conseguem nada”, afirmou.
Por Anna Karolina Carneiro
Nayanne Amorim
Edição: Elsimar Pondé
Sergio Augusto